Placido Domingo memorável
Uma noite de sonho com Plácido Domingo a homenagear a Renascença pelos 80 anos.
Placido Domingo subiu ao palco para cantar grandes árias da ópera, mas também zarzuelas e operetas e surpreendeu com alguns temas portugueses. A seu lado estiveram Davinia Rodríguez, uma soprano de renome no panorama do canto lírico internacional, que atuou pela primeira vez em Portugal e Rita Marques, uma jovem soprano portuguesa do Centre de Perfeccionament Placido Domingo, em Valência. O concerto contou ainda com a participação especial da fadista Katia Guerreiro, uma das mais importantes representantes do Fado em todo o mundo.
Em anterior entrevista à Renascença, Placido Domingo já tinha manifestado o seu entusiasmo por voltar a Portugal, afirmando: “será com grande alegria que encontrarei este público magnífico”… e o público correspondeu, com milhares de pessoas a aplaudir efusivamente este que é um dos melhores e mais influentes cantores de ópera da história mundial, já premiado com 12 Grammys Awards, incluindo três Grammys latinos.
A acompanhá-lo, neste concerto integrado nas comemorações dos 80 anos da Renascença, Placido Domingo contou com a presença da Orquestra Sinfonietta de Lisboa, de 65 elementos, num espetáculo com duas partes distintas. Na primeira, totalmente dedicada à ópera, foram interpretadas várias árias de óperas famosas, nomeadamente de Verdi, como foram o caso de “Macbeth”, “Don Carlo” e “La Traviata”, ou a “A Flauta Mágica” de Mozart.
Na segunda, já dedicada a outros géneros musicais, foram interpretados temas de Lehár, Rodgers, Moreno T., sendo de destacar o momento em que Placido Domingo e Katia Guerreiro cantaram em dueto o tema “Coimbra”, que muito emocionou o público.
Nos encores houve ainda oportunidade para ouvir temas bem diversos e bem conhecidos de todos, como foi o caso de “Besame mucho”, que ficará para sempre imortalizados na voz de Placido Domingo.
Também inesquecível foi o momento em que o tenor partilhou o palco com Katia Guerreiro para cantar o Fado “Foi Deus” e, no final, o momento apoteótico em que os intérpretes cantaram “Non ti scordar di me”, do compositor De Curtis.
Esta foi mais uma grande noite para aquela que é a grande história da Renascença!